Alta em custo do cacau em nível mundial, de cerca de 180% em dois anos, reflete em valor dos produtos e eleva preços para chocolates na Páscoa e para a produção permanente do setor.
O aumento na matéria prima já é sentido nos produtos, tanto no atacado quanto no varejo. Redes populares já exibem ovos de Páscoa acima de R$ 70.
Pequenos produtores têm de pesquisar fornecedores e buscam maior variedade de produtos para aproveitar a data, tradicionalmente a melhor do ano para os chocolateiros.
Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), os preços de chocolates tiveram aumento médio de 14%, e as colombas ficaram 5% mais caras neste ano.
A alta da fruta se concentrou no segundo semestre do ano ado, em decorrência da quebra de safra nos grandes produtores africanos.
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A instabilidade no setor deve se manter também nesta temporada. O maior produtor, Costa do Marfim, ainda enfrentando impacto significativo de ondas de calor e da seca.
“Isso vai influenciar o desenvolvimento da planta, a brotação e a formação dos frutos. E com isso uma menor oferta”, explicou à Agência Brasil Letícia Barony. Ela é assessora técnica da comissão nacional de fruticultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
No Brasil, a perspectiva é de aumento de safra, após quedas sucessivas. O país é atualmente o sexto maior produtor mundial de cacau, com mais de 90% da produção nos estados do Pará e Bahia.
O setor de chocolates prevê uma retração de cerca de 20% na quantidade de ovos de Páscoa neste ano em relação à produção do ano ado.
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