A previsão de instalação de sete pedágios – ou seis, o projeto do governo faz confusões de número – na rodovia SP-294 é um escândalo com prejuízos para moradores, empresas e cidades em um volume impossível de mensurar no momento.
E é fácil listar como eles embutem pegadinhas, má vontade e uma gestão completamente afastada do cidadão.
1 – O trecho entre Marília e Bauru é um presente para a concessionária, sabe Deus em troca do quê. A rodovia já está praticamente pronta para ser uma daquelas exemplares do estado. Duplicada, com divisor de concreto, os, trevos, acostamento, sinalização.
A empresa terá custos modestos, como instalar centros de atendimento a usuários. A obra mais cara será mesmo fazer as praças de pedágio e a concessionária gasta esse dinheiro com alegria.
Além disso, afeta usuários em o a grandes centros e com isso penaliza empresas, profissionais e turistas que vão ganhar pouco e pagar muito. Em resumo, é um roubo maquiado.
2 – Os documentos divulgados até agora mostram conflitos de informações, poucos detalhes e falta apresentação clara de dados importantes e transparentes, como o número de usuários que vão pagar.
3 – A localização das praças penaliza pequenas comunidades, aqueles que deveriam ser mais incentivados e que dependem de cidades maiores. Vão pesar sobre usuários de cidades como Vera Cruz ou Tupi e Lucélia, como Paulópolis, assim como já são um atentado a moradores de Marília que pagam para entrar em Marília.
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4 – Os mapas do governo mostram que os pedágios e presídios – outro presente estadual para a região – chegam muito antes do progresso. E as concessões transformam estes presentes em renda para empresas.
5 – O número e a localização das audiências é um escândalo à parte. São mais de 60 cidades atingidas, que terão quatro chances de discutir com viagens de até cem quilômetros e vagas limitadas. Como o cidadão vai participar? Como em poucas horas vão conseguir mudar os projetos? É para inglês ver – e vir comprar porque o negócio é bom -.
6 – O silêncio das prefeituras, em especial da istração de Marília, é mais uma vergonha à parte. As prefeituras arrecadam com pedágios. As viagens de autoridades são pagas com recursos públicos. O silêncio é descaso com cidadão.
7 – A promessa de obras grandiosas esconde prazos que em alguns casos chegam a um terço do contrato. São 29 anos de arrecadação e pouco tempo de grandes investimentos.
8 – Empresas de toda a região perdem competitividade por aumento de custos.
Como em outros escândalos, fica mais fácil pra eles quando a população não reage. As empresas podem usar suas associações e federações, os trabalhadores podem usar seus sindicatos e associações de bairro, podem pressionar deputados, prefeitos, vereadores…só não podem ficar quietos, porque a conta vem até para quem não tem carro e não viaja.
